A narratologia estuda as narrativas. Mas o que vem a ser uma narrativa?
Narração é um tipo textual, um texto caracterizado por possuir cinco elementos básicos: narrador, personagem, tempo, espaço e enredo. Basicamente é um texto onde o escritor, através do narrador, vai contar alguma coisa sobre alguém ou algo.
Quando surgiu a Narratologia?
O termo “narratologia” se originou na França com alguns críticos literários (Roland Barthes e Gérard Genette), porém, foi consolidado através dos estudos do formalista russo Tzvetan Todorov, e difundida pelo italiano Umberto Eco.
Durante primeira metade do século XX, críticos e estudiosos europeus tentavam adaptar metodologias das ciências exatas nas humanas. Com isso começaram a buscar pontos que se assemelhavam e que divergiam na escrita de vários autores de diferentes épocas e diversos países.
Os estudiosos avaliavam os cinco elementos narrativos, citados anteriormente, assim como as estruturas do texto (ESTRUTURAS NARRATIVAS): parágrafos, sequência de ideias, uso de adjetivos e advérbios, tipos de orações…).
Os estruturalistas
Na metade do século XX, o mundo foi inundado por ideias que buscavam entender variados processos (sociais, produtivos, linguísticos…) pelo todo, através da análise das estruturas menores que o compunham.
O pai dessa corrente filosófica, que ficou conhecida como Estruturalismo, foi o linguista suíço Ferdinand Saussure.
Sendo assim, o estruturalismo espalhou a ideia de que um método de análise formal seria necessário para dar objetividade ao estudo do humano. Esse tipo de pensamento atingiu não só o campo da filosofia e psicologia, como o da linguística e, por fim, o da literatura.
A evolução da narratologia
Na Grécia antiga, Aristóteles havia descrito em sua obra, Poética, as estruturas narrativas, detendo-se na escrita da poesia e escrita para o teatro. O que o formalista Vladimir Propp fez foi estender seu estudo para os contos de fadas e folclore (narrativas da cultura popular).
Atualmente, inúmeros roteiristas de cinema buscam ampliar tais estudos, desenvolvendo manuais de roteiro, sempre na ânsia de detalhar os elementos e suas disposições na narrativa. Destacamos o primoroso livro de Syd Field, MANUAL DO ROTEIRO.
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