O roteiro é a evolução do estudo da narratologia que atingiu o cinema. Nada mais é do que a forma escrita de qualquer espetáculo audiovisual.
O roteiro é o guia não só para o produtor de uma peça teatral, de uma propaganda, evento ou de um filme, como também de todos os outros trabalhadores que integrarão o grupo de produção, assim como também dos artistas.
Para filmes, ele costuma apresentar as tomadas de câmeras, falas e entonação de voz dos personagens, mas não somente. Até mesmo o dia e horário das gravações estão incluídos.
O papa do roteiro atual
No cinema, a estrutura narrativa dos roteiros foi exaustivamente estudada e organizada por Syd Field.
Ele estabeleceu uma estrutura, que passou a ser camada de Paradigma. O roteiro ideal para Syd Field deve possuir 120 páginas, sendo que cada página corresponde a UM minuto de filme. Ou seja, segundo ele, duas horas é o tempo ideal para se contar uma boa história no cinema.
A estrutura de 3 atos do roteiro
O paradigma deve ser dividido em 3 partes, que equivalem ao início, meio e fim: Apresentação, confrontação e resolução. A apresentação deve ocupar 1/4 do roteiro, assim como a resolução, deixando 2/4 do tempo de filme para a confrontação. Cada parte tem suas características e funções.
Syd Field costuma ser incompreendido pelo fato de ter estruturado de maneira racional e matemática o roteiro. Contudo, nunca foi sua intenção engessar o modelo de criação narrativa, apenas investigar e estudar o que funcionava comercialmente para atrair o público.
Manual do Roteiro
A intenção dessa postagem é indicar para meus leitores e alunos bons livros que nos ajudam a entender a construção de narrativas e, obviamente, de um bom roteiro. E minha indicação número UM é o livro de Syd Field: MANUAL DO ROTEIRO, de Syd Field
Story
Minha segunda indicação é o livro STORY, de Robert Mckee. O autor procura se afastar das ideias de Syd Field, dando ênfase na forma, não em uma fórmula para se escrever o roteiro.
Acredito ser muito válida a leitura de ambos os livros, porque nos ajudam a enxergar a criação de maneira flexível, porém, contendo normas que são pilares e não podem faltar na construção narrativa.
Se por um lado Mackee tenta abandonar as “regras”, ele acaba esbarrando na rigidez de conceitos. O que também é importante para o roteirista: beat, cena, sequência, clímax de ato, clímax de filme, estrutura de dois, sete e oito atos.
O Herói de Mil Faces
Joseph Campbell estudou a história de inúmeras personalidades históricas (Jesus Cristo, Apolo, Thor, Buda), assim como tantos outros protagonistas de contos de fadas e mitologias. Nelas, ele reconheceu padrões que se repetiam.
Em seu livro, O HERÓI DE MIL FACES, Campbell deixa claro que a presença desses padrões e símbolos atemporais em um roteiro é capaz de provocar a emoção dos ouvintes ou, no caso do cinema ou teatro, espectadores.
A Jornada do Escritor
A JORNADA DO ESCRITOR, de Christopher Vogler, é o quarto e último livro que indico. O autor detalha e esclarece o conceito da Jornada do Herói descrita por Joseph Campbell, tomando como base diversos filmes de sucesso.
Estude Roteiro
O estudo da construção de roteiros é o fundamento da criação de boas histórias, que, por sua vez, é a base para se escrever um livro de sucesso.
Em meu curso de escrita criativa, que você encontra na plataforma da UDEMY, eu ensino os dois tipos de roteiros que costumo criar antes de começar a escrever propriamente meus livros.
Se você tiver curiosidade de conhecer um pouco mais sobre meu processo de escrita, acesse também meu canal no YOUTUBE.
