A ideia de “O Rei de Branco e a Rainha da Noite”
Na Bienal do Livro de Minas Gerais de 2022, Sophia Dornellas, minha filha, lançou seu primeiro livro escrito em parceria comigo : O Rei de Branco e a Rainha da Noite.
Uma série de eventos interessantes propiciou o surgimento desse livro, que se torna uma boa história a ser contada.
Tudo começou no final de 2021, quando pela segunda vez a editora Lê adiava o lançamento do sexto livro da minha coleção Objetos de Poder. Este fato me deixou muito triste porque no ano seguinte teríamos uma bienal de livro bem na minha cidade e eu queria muito ter a oportunidade de oferecer para os leitores o penúltimo capítulo da coleção.
Então, assim que recebi a triste notícia de mais um adiamento, ainda dirigindo de volta para casa, eu decidi que deveria escrever, publicar e fazer o lançamento de um novo título, ainda que fosse de FORMA INDEPENDENTE. Pois, por ser na minha cidade, eu havia me programado para estar de férias no serviço e poder estar presente TODOS OS DIAS no evento literário.
Objetos de Poder x O Rei de branco
Eu queria escrever sobre as histórias do universo de Enigma (universo da minha coleção Objetos de Poder), mas que não atrapalhassem a trama principal dos 7 livros.
Dessa forma, decidi que escreveria histórias paralelas, de personagens secundários e que pudessem ampliar o universo da coleção, mas que não fossem necessárias para o entendimento dos sete livros pilares. Ou seja, eu queria escrever uma história independente.
Logo, como escrever sobre um mesmo tema e, de certa forma, não ser confundido com os livros que já existiam? Como escrever sobre o mesmo universo e falar de muitos personagens dele, porém, através de um novo selo editorial?
A ideia de escrever junto com minha filha surgiu nesse momento. Uma vez que a capa do livro levaria também seu nome, eu poderia me referir ao livro também como sendo dela, fazendo ainda mais distinção em relação aos que foram escritos somente por mim.
O tema para “O Rei de Branco e a Rainha da Noite”
Ao chegar em casa, eu fiz o convite para que Sophia escrevesse junto comigo e ela aceitou imediatamente, surpresa. E logicamente quis saber sobre o que nós escreveríamos.
Sinceramente, eu ainda não sabia.
Na época ela ensaiava a partitura da sinfonia 40 de Mozart e eu ainda tinha algumas músicas do seriado Kally’s Mashup em meu celular.
Este seriado foi transmitido pela Netflix e causou um impacto tão grande sobre a vida das minhas filhas que, por causa dele, Sophia decidiu que queria se tornar uma pianista e aprender a tocar piano como a personagem do seriado.
Assista nesse link o pequeno vídeo que ela me fez gravar na época da primeira temporada de Kally’s Mashup e que fez o canal dela do YouTube passar a monetizar: ASSISTA AQUI.
Todas as músicas do seriado eram inspiradas em músicas clássicas de grandes pianistas. Uma delas era a ária da Rainha da Noite, parte da ópera “A Flauta Mágica” de Mozart.
Eu sempre ensinei em meu curso de escrita que a forma mais fácil de começar a escrever é através da reescrita de algo que já foi escrito e fez sucesso.
Então, com a mente borbulhando de ideias, decidimos reescrever “A Flauta Mágica”. Digitamos o nome da ópera no Google e lemos tudo o que aparecia sobre ela, também assistimos pelo YouTube a peça.
No meio de caminho tinha uma editora
Naquele fim de ano, o perfil de uma editora começou a me seguir no Instagram e a curtir várias postagens minhas: Editora Uniduni. Eu fiquei super feliz com aquilo, QUE AUTOR NÃO FICARIA?
Sem pensar mais nada, eu fiz contato e marquei de conhecer a editora, porque, para minha felicidade, era uma editora de Belo Horizonte, localizada na minha própria cidade.
Todos nós temos um mecanismo neural que nos faz ter atitudes muito semelhantes na vida. O algoritmo do nosso cérebro é praticamente o mesmo. Então, como todo escritor, passou pela minha cabeça “essa editora podia publicar meu novo livro”. Mas era um primeiro contato e eu não queria chegar, de cara, pedindo uma publicação. Particularmente, não acho elegante.
Para minha sorte, a Sophia foi comigo à editora e, no meio do bate-papo descontraído, eu acabei revelando para a dona da editora que estava escrevendo um livro em parceria com minha filha.
Para minha surpresa, fui interrogado “Vocês já têm editora para publicá-lo?”. Eu não acreditei, era tudo o que eu queria ouvir naquele momento, pois soou como um convite, que acabou se concretizando, quando eu respondi que não tínhamos ainda uma casa publicadora.
O destino de “O rei de Branco e a Rainha da Noite” estava selado. Ele seria publicado pela editora Uniduni.
Bienal à vista
Estávamos em outubro de 2021. Combinamos de entregar o texto finalizado para a editora em janeiro do ano seguinte.
Para escrevê-lo, utilizamos todas as técnicas de escrita que eu ensino em meu curso. Fizemos um roteiro embrionário, depois um roteiro capitular e começamos a nos revezar na escrita dos capítulos.
Montamos uma equipe maravilhosa de profissionais para tornar a publicação possível: diagramadora, ilustrador, revisora. Cada membro do grupo foi selecionado com muita dedicação e o resultado final falou por si só.
A Bienal do Livro de Minas foi um sucesso, assim como o lançamento de “O Rei de Branco e a Rainha da Noite”.
Fomos entrevistados por uma equipe de TV e nossa entrevista foi veiculada em todo o território nacional. Confira o vídeo neste link: ASSISTA AQUI.
Em maio de 2022, nascia a primeira obra literária relacionada à coleção Objetos de Poder, nascia também mais uma escritora, minha filha, Sophia Dornellas e uma grande parceria com mais uma excelente editora a Uniduni.
E se você gostou dessa história, pode seguir essa jovem escritora no Instagram, CLICANDO AQUI.
Você sabia dos bastidores da produção de “O Rei de Branco e a Rainha da Noite”? Gostou da história? Conta pra mim nos comentários!